Couvert – A polêmica

Oi Sandra, adorei sua mensagem! Eu tb achava isso (que o preço de cobertura era incluído no valor do prato) até ler essa entrevista do Fasano. Resumindo acho que acaba sendo uma maneira de o restaurante aumentar a margem que no final dá no mesmo, né? Também acho que os pratos deveriam contemplar todos esses gastos, sendo opcional a pessoa querer ou não…
Sou super contra a postura de uns restaurantes, acho que todos deveriam colocar no cardápio sim, concordo 100% com você em tudo!
O que de fato sou contra é o governo às vezes se “intrometer” demais no privado sem considerar o que é necessário para um negócio se manter. Vamos ver no que isso vai dar né?
Bom final de semana! Beijão

Sandra, o empregado não pode pagar pela ganância do patrão. Geralmente, nos restaurantes, quebra-se louças por falta de estrutura da casa ou pela cobrança de produção. Quando se corre, corre-se o risco de cair.

Cecília,

O Rogério Fasano é malandro. O que ele tentou fazer com essa desculpa esfarrapada de reposição foi jogar barro na parede pra ver se cola.

A grande maioria dos restaurantes de alta gastronomia já retiram dos 10 por cento deixados pelo cliente para os funcionários da cozinha e salão uma parte para finânciar a reposição de louças quebradas.

No D.O.M. do Alex Atala, onde trabalhei durante um tempo, é cobrado, não 10%, mas uma taxa de 13% sobre o valor gasto pelo cliente. Desse valor, 3% é destinado à tal reposição. Já vi empresário pagar quase quarenta mil numa noite. Vinho de 12 mil reais. Polêmica tola!!!

Abraço grande (gostei do blog, que conheci agora)

Eu, particularmente, fico muito irritada quando sento e já colocam aquele couvert na minha mesa, sem eu pedir. Eu como pouco, num geral não como o couvert senão não aguento comer o prato em si. Então já viu… quase sempre peço para tirar!
Querida, aproveito a visita para informar que a migração do Temperaria finalmente está pronta! Ainda estamos corrigindo alguns pequenos detalhes, mas num geral já está pronto para receber visitas! Dá uma passadinha lá.. infelizmente todos os nosso seguidores foram perdidos na migração, então peço que siga de novo, ok? Vou colocar uma mensagem de redirecionamento no link antigo do blogspot, e em breve ele será desativado. Grande beijo!

Cecilia

Sim, o couvert surgiu com esta intenção, reparar gastos inesperados tais como quebra de peças, manchas em toalhas etc. Mas isto é de um tempo em que o serviço era outro, as taças de cristal, toalhas de mesa e guardanapos de pano fino e detalhes mais de tal categoria.

Os tempos são outros, na maior parte dos lugares copos grosseiros (que muitas vezes já chegam à mesa com marca de baton) e guardanapos de papel, quando há. Por isto não se justifica a cobrança atualmente.

Entradas é outro assunto, existem ótimas e deliciosas e jamais devem ser desprezadas por um bom gourmet. Mas quem quer que despreze, azar.

O fato é: temos que distinguir couvert obrigatório (aquele pãozinho murcho com manteiga que não nos permitem recusar) de entradas. E somos NÓS que temos que distinguir e aceitar ou não, seja delícia ou seja “porcaria”. Eu não volto a restaurante que me empurra meia dúzia de azeitonas secas e diz que é “couvert” e não preciso de governo legislando sobre isto. Faço por que quero.

Da mesma forma o restaurante pode fazer o que quiser, quem avalia é o cliente. Muitas vezes um pãozinho com manteiga até cai bem, mas sou eu quem peço.

Enfim, neste ítem o poder é do freguês, não do legislador.

Que não nos deixem sem certas delícias servidas de entrada em lugares onde são deliciosas, é só o que peço

Beijo

Paulo

Paulo

Oi. Moro aqui em Milão há 4 anos e é exatamente isso. O coperto já vem automaticamente cobrado se você sentar. Caso coma fora (portare via), esse valor não é cobrado.

Na verdade você está pagando pelo espaço físico e não só pelo serviço.

O “couvert” como no Brasil se chama antipasto. E você paga por isso também, mas somente se solicitado.

Uma vez que uma refeição completa é antipasto, primo (carboidratos), secondo (proteinas), dessert, café.

Couvert é, na verdade, uma palavra francesa que é associada, em uma refeição, aos talheres. A palavra foi desassociada do seu sentido original e transposto no Brasil para a entrada. Hábitos são hábitos e os gananciosos sempre tendem a incorporar aqueles que lhes dê maiores benefícios. Por exemplo, a água deve ser servida gratuitamente na mesa. Qual o restaurante no Brasil que serve água potável de graça aos seus clientes? Quando se vai a um restaurante o custo dos talheres, copos, toalhas etc… está contido no preço dos alimentos. Senão, qual a razão de se cobrar a rolha? No mais, a gorjeta, que é para ser um abono dado aos empregados pelo bom serviço prestado, passou a ser cobrada como uma taxa extra estipulada pela casa. Querem cobrar, que cobrem, mas deixem claro o que estão cobrando por um serviço que foi solicitado.